Swaps. Gaspar fala em pacto
faustiano
Por Ana Suspiro
publicado em 30 Jul 2013 -
12:19
Ex-ministro das
Finanças diz que "as consequências deste pacto faustiano foram
particularmente gravosas durante os últimos dois governos do PS"
Alguns contratos de
gestão de risco financeiro das empresas públicas não foram gestores, mas sim
geradores de risco, defendeu o ex-ministro das Finanças na comissão parlamentar
de inquérito aos swaps.
Vítor Gaspar
denunciou o que classificou como um "padrão de comportamento em que são
assumidos compromissos que permitem a diminuição de custos no curto prazo, e
melhorar de forma imediata as contas das empresas, por contrapartida da
assunção de riscos financeiros muito substanciais".
Para o ex-ministro
das Finanças este foi o "padrão de comportamento dos últimos 15
anos". "As consequências deste pacto faustiano foram particularmente
gravosas durante os últimos dois governos do PS", afirmou por duas vezes.
Questionado por deputados do PSD, Gaspar não identifica quem são os personagens
nesta alusão à história de Fausto, um homem que vende a alma ao diabo em troca
de poder e sucesso.
O antigo ministro diz
que este padrão esteve associado à falta de transparência que permitisse
avaliar a verdadeira situação. "A ficha (com o pedido de informação da
troika) impõe obrigações de reporte adicionais relativamente ao que eram as
práticas habituais das autoridades portuguesas".
Para Vítor Gaspar, a
ficha de transição de informação entre os dois governos é " uma questão
episódica, da pequena história. A questão fundamental é perceber como chegámos
até aqui".
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